Hideraldo Montenegro F.R.C.
A morte ocorre no momento da separação do corpo psíquico do corpo físico. Também aprendemos que durante alguns dias o falecido ainda continua preso aqui, no corpo psíquico e, posteriormente, haverá aquilo que podemos chamar de “segunda morte”, quando a consciência abandona o corpo psíquico e vai ocupar o plano de consciência correspondente ao seu nível de evolução.Assim como o corpo físico do falecido fica sem vitalidade, sem consciência, ocorre o mesmo com o corpo psíquico que também não possui consciência, já que esta é um atributo da alma.
Se a vida é movimento e ação é óbvio supor que a vida espiritual seja exatamente o oposto, de quietude e contemplação. Assim, a nossa consciência, nos planos espirituais em que ocupamos (o nível em que nos encontramos antes de nos iluminarmos ao atingir a consciência cósmica), não é agitada pelos fenômenos e acontecimentos (fatos) como ocorre no contato com a matéria.
Estamos vencendo nossa condição animal para, assim, nos humanizarmos. E, temos esta oportunidade toda vez que encarnamos e nos deparamos com situações criadas pelo ego que nos obrigam a profundas reflexões para vencê-las, através do sofrimento dos erros causados por ele mesmo. Certamente que estamos ainda no processo de humanização e, para tanto, precisamos vencer e superar nossa condição e tendência animal.
A conclusão lógica deste raciocínio é que quanto mais vezes uma personalidade-alma tenha se encarnado, mais o domínio do ego sobre esta é menos acentuado, da mesma forma que uma personalidade que esteja apenas em suas primeiras encarnações estará completamente dominada por ele.
A idéia que concebemos em relação ao após-vida determina o nosso modo de viver. Certamente são as nossas crenças que têm nos impedido de apreendermos a bela simplicidade das leis que envolvem o nascimento e a morte.
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