永遠の命 Vida Perene 永遠の命

sábado, 24 de setembro de 2011

Sábios e Ignorantes

As alegrias da compreensão são os tesouros de Deus; e a cada um assinala a sua parte, na medida que Lhe pareça bem.

Dotou-te Ele com sabedoria? Iluminou-se a mente com o conhecimento da verdade? Então, comunica-a aos ignorantes, para que se instruam; comunica-a aos sábios, para teu próprio progresso.

A verdadeira sabedoria presume menos do que a loucura. O sábio duvida muitas vezes, e muda suas idéias; o tolo é obstinado e não duvida; ele conhece todas as coisas, menos sua própria ignorância.

A vaidade da mente oca é uma abominação; e demasiada conversa é a insensatez da loucura; no entanto, uma parte da sabedoria está em suportar com paciência essas impertinências, e ter piedade desses absurdos.

No entanto, não fiques cheio de ti, com tua própria vaidade, nem te vanglories da tua compreensão superior; do homem, o conhecimento superior mais límpido não passa de cegueira e loucura.

O sábio conhece suas imperfeições e é humilde; ele trabalha em vão para obter sua própria aprovação; porém o néscio olha o raso regato da sua própria mente e se compraz com as pedrinhas que vê no fundo; recolhe-as e as mostra como se fossem pérolas; sente prazer no aplauso de seus semelhantes, e se deleita consigo mesmo.

Vangloria-se de ter alcançado coisas sem valor; mas daquilo que é uma vergonha ignorar, ele nada sabe.

Mesmo dentro dos caminhos da sabedoria, ele luta para alcançar a loucura; a vergonha e o desengano são a recompensa de seu trabalho.

Porém, o sábio cultiva sua mente com conhecimentos; seu prazer encontra-se no progresso das artes, e a utilidade de seus labores para o público coroa-o de honras.

No entanto, ele tem como a mais alta sabedoria alcançar a virtude; e a ciência da felicidade vem a ser o estudo da sua própria vida.

Excerto do livro “A vós Confio”, publicado pela GLP

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

As treze virtudes de Benjamin Franklin

1) TEMPERANÇA: Não comer a ponto de languidez; não beber a ponto de embriaguez.

2) SILÊNCIO: Não falar senão aquilo que seja benéfico a outrem ou a si mesmo; evitar conversas frívolas.

3) ORDEM: Que cada coisa tenha o seu lugar, que cada atividade tenha o seu momento.

4) DECISÃO: Sempre dicidir-se a fazer aquilo que deve fazer; fazer sem falta aquilo que decida fazer.

5) PARCIMÔNIA: Não efetuar despesas senão para fazer o bem a outrem ou a si mesmo; isto é, nada desperdiçar.

6) DILIGÊNCIA: Não perder tempo; estar sempre ocupado com algo proveitoso; eliminar todas as ações desnecessárias;

7) SINCERIDADE: Não usar de falsidade; pensar com pureza e justiça e, se falar, fazê-lo do mesmo modo.

8) JUSTIÇA: A ninguém prejudicar fazendo-lhe injustiça ou furtando-se a fazer-lhe o bem que lhe seja devido.

9) MODERAÇÃO: Evitar extremos, abstendo-se de lamentar a perda de excessos, por mais valiosos que pareçam.

10) ASSEIO: Não tolerar falta de asseio, no corpo, nas roupas e em casa.

11) SERENIDADE: Não se deixar perturbar por trivialidades, ou ente acidentes comuns e inevitáveis.

12) CASTIDADE: Nunca usar o sexo senão para fins de saúde ou procriação; nunca até a languidez, a fraqueza, ou de modo a perturbar a paz e deslustrar a reputação de outrem ou de si mesmo.

13) HUMILDADE: Imitar Jesus e Sócrates.

Lenda da Flor de Lótus

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Certo dia, à margem de um tranqüilo lago solitário, a cuja margem se erguiam frondosas árvores com perfumosas flores de mil cores, e coalhadas de ninhos onde aves canoras chilreavam, encontraram-se quatro elementos irmãos: o fogo, o ar, a água e a terra. - Quanto tempo sem nos vermos em nossa nudez primitiva - disse o fogo cheio de entusiasmo, como é de sua natureza. É verdade - disse o ar. - É um destino bem curioso o nosso. À custa de tanto nos prestarmos para construir formas e mais formas, tornamo-nos escravos de nossa obra e perdemos nossa liberdade. - Não te queixes - disse a água -, pois estamos obedecendo à Lei, e é um Divino Prazer servir à Criação. Por outro lado, não perdemos nossa liberdade; tu corres de um lado para outro, à tua vontade; o irmão fogo, entra e sai por toda parte servindo a vida e a morte. Eu faço o mesmo. - Em todo o caso, sou eu quem deveria me queixar - disse a terra - pois estou sempre imóvel, e mesmo sem minha vontade, dou voltas e mais voltas, sem descansar no mesmo espaço. - Não entristeçais minha felicidade ao ver-nos - tornou a dizer o fogo - com discussões supérfluas. É melhor festejarmos estes momentos em que nos encontrarmos fora da forma. Regozijemo-nos à sombra destas árvores e à margem deste lago formado pela nossa união. Todos o aplaudiram e se entregaram ao mais feliz companheirismo. Cada um contou o que havia feito durante sua longa ausência, as maravilhas que tinham construído e destruído. Cada um se orgulhou de se haver prestado para que a Vida se manifestasse através de formas sempre mais belas e mais perfeitas. E mais se regozijaram, pensando na multidão de vezes que se uniram fragmentariamente para o seu trabalho. Em meio de tão grande alegria, existia uma nuvem: o homem. Ah! como ele era ingrato. Haviam-no construído com seus mais perfeitos e puros materiais, e o homem abusava deles, perdendo-os. Tiveram desejo de retirar sua cooperação e privá-lo de realizar suas experiências no plano físico. Porém a nuvem dissipou-se e a alegria voltou a reinar entre os quatro irmãos. Aproximando-se o momento de se separarem, pensaram em deixar uma recordação que perpetuasse através das idades a felicidade de seu encontro. Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um deles harmonicamente combinados, fosse também a expressão de suas diferenças e independência, e servisse de símbolo e exemplo para o homem. Houve muitos projetos que foram abandonados por serem incompletos e insuficientes. Por fim, refletindo-se no lago, os quatro disseram: - E se construíssemos uma planta cujas raízes estivessem no fundo do lago, a haste na água e as folhas e flores fora dela? - A idéia pareceu digna de experiência. Eu porei as melhores forças de minhas entranhas - disse a terra - e alimentarei suas raízes. - Eu porei as melhores linfas de meus seios - disse a água - e farei crescer sua haste. - Eu porei minhas melhores brisas - disse o ar - e tonificarei a planta. - Eu porei todo o rneu calor - disse o fogo - para dar às suas corolas as mais formosas cores. Dito e feito. Os quatro irmãos começaram a sua obra. Fibra sobre fibra foram construídas as raízes, a haste, as folhas e as flores. O sol abençoou-a e a planta deu entrada na flora regional, saudada como rainha. Quando os quatro elementos se separaram, a Flor de Lótus brilhava no lago em sua beleza imaculada, e servia para o homem como símbolo da pureza e perfeição humana. Consultaram-se os astros, e foi fixada a data de 8 de maio - quando a Terra está sob a influência da Constelação de Taurus, símbolo do Poder Criador - para a comemoração que desde épocas remotas se tem perpetuado através das idades. Foi espalhada esta comemoração por todos os países do Ocidente, e, em 1948, o dia 8 de Maio se tomou também o "Dia da Paz".

A flor-de-lótus (Nelumbo nucifera), também conhecida como lótus-egípcio, lótus-sagrado e lótus-da-índia, é uma planta da família das ninfáceas (mesma família da vitória-régia) nativa do sudeste da Ásia (Japão, Filipinas e Índia, principalmente).
Olhada com respeito e veneração pelos povos orientais, ela é freqüentemente associada a Buda, por representar a pureza emergindo imaculada de águas lodosas. No Japão, por exemplo, esta flor é tão admirada que, quando chega a primavera, o povo costuma ir aos lagos para ver o botão se transformando em flor.

Lótus é o símbolo da expansão espiritual, do sagrado, do puro.
A lenda budista nos relata que quando Siddhartha, que mais tarde se tornaria o Buda, tocou o solo e fez seus primeiros sete passos, sete flores de lótus cresceram. Assim, cada passo do Bodhisattva é um ato de expansão espiritual. Os Budas em meditação são representados sentados sobre flores de lótus, e a expansão da visão espiritual na meditação (dhyana) está simbolizada pelas flores de lótus completamente abertas, cujos centros e pétalas suportam imagens, atributos ou mantras de vários Budas e Boddhisattvas, de acordo com sua posição relativa e relação mútua.
Do mesmo modo, os centros da consciência no corpo humano (chacras) estão representados como flores de lótus, cujas cores correspondem ao seu caráter individual, enquanto o número de suas pétalas corresponde às suas funções.
O significado original deste simbolismo pode ser visto pela semelhança seguinte: Tal como a flor do lótus cresce da escuridão do lodo para a superfície da água, abrindo sua flores somente após ter-se erguido além da superfície, ficando imaculada de ambos, terra e água, que a nutriram - do mesmo modo a mente, nascida no corpo humano, expande suas verdadeiras qualidades (pétalas) após ter-se erguido dos fluidos turvos da paixão e da ignorância, e transforma o poder tenebroso da profundidade no puro néctar radiante da consciência Iluminada (bidhicitta), a incomparável jóia (mani) na flor de lótus (padma). Assim, o arahant (santo) cresce além deste mundo e o ultrapassa. Apesar de suas raízes estarem na profundidade sombria deste mundo, sua cabeça está erguida na totalidade da luz. Ele é a síntese viva do mais profundo e do mais elevado, da escuridão e da luz, do material e do imaterial, das limitações da individualidade e da universalidade ilimitada, do formado e do sem forma, do Samsara e do Nirvana.
Se o impulso para a luz não estivesse adormecido na semente profundamente escondida na escuridão da terra, o lótus não poderia se voltar em direção à luz. Se o impulso para uma maior consciência e conhecimento não estivesse adormecido mesmo no estado da mais profunda ignorância, nem mesmo num estado de completa inconsciência um Iluminado nunca poderia se erguer da escuridão do Samsara.
A semente da Iluminação está sempre presente no mundo, e do mesmo modo como os Budas surgiram nos ciclos passados do mundo, também os Iluminados surgem no presente ciclo e poderão surgir em futuros ciclos, enquanto houver condições adequadas para vida orgânica e consciente.