Como os galhos de uma árvore devolvem a seiva à raiz de onde veio; como um rio derrama sua corrente no mar, de onde proveio sua fonte, assim o coração do agradecido deleita-se em retribuir o benefício recebido.
Ele reconhece suas obrigações com alegria; encara seu benfeitor com amor e estima.
E se não estiver em suas mãos fazer a retribuição, mantém a recordação do benefício em seu peito com gratidão, e não o esquece em todos os dias de sua vida.
A mão do generoso é como as nuvens do Céu, que regam a terra, as frutas, as ervas, e as flores; porém o coração do ingrato é como a areia do deserto, que traga com avidez as gotas que caem, e as enterra em seu seio, e nada produzem.
Não invejes o benfeitor; nem trates de ocultar o benefício que te propiciou, pois, ainda que seja melhor que te devam, e não que tu devas, ainda que o ato de generosidade produza admiração, mesmo assim, a humildade da gratidão comove o coração e é grata tanto a Deus como aos olhos dos homens.
Mas não recebas favor da mão do orgulhoso; nada devas ao egoísta; a vaidade do orgulho te esporá à vergonha; a cobiça do avaro jamais estará satisfeita.
excerto do livro A Vós Confio, p. 60 publicado pela GLP