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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O lar e a escola

É desastroso que os pais freqüentemente se esqueçam de que têm de desempenhar papel importante na educação da juventude. O lar deve ser tanto uma réplica da escola quanto a escola um prolongamento do lar. Os pais são os primeiros professores e os professores os segundos pais. Eles devem, portanto, estender sua cooperação esclarecida aos professores e fortalecer a influência da escola por observação contínua e controle eficiente sobre o jovem no lar. Mais do que isto, o exemplo de sua conduta deverá ser digno de emulação.
Caso se queira fazer da educação da juventude uma influência benéfica, os poderes competentes deverão também estender aos professores toda a proteção e auxílio. Devam dotar os professores com poder suficiente para enfrentar adequadamente os casos de indisciplina juvenil, e se colocarem ao lado dos professores a qualquer preço. Ai da educação se as pessoas no poder se entregaram a pânicos freqüentes sob a mórbida influência da crítica insensível, e profanarem a imagem da majestade do professor! É realidade dolorosa que, por um falso senso de cavalheirismo democrático aos jovens, seja conferida excessiva liberdade, atribuindo-lhes importância extraordinária.
Não compete aos jovens que se dirigem às escolas e universidades indagar por que e, sim, modificarem-se e transformarem-se em refinados espécimes de cidadãos cultos. Eles devem compreender que, a despeito de quão precoces possam ser, não podem reivindicar a madura experiência da idade que apenas se evidencia pela participação em diferentes e inúmeras situações da vida, durante longos anos. A humildade é prova inequívoca de cultura; o autodomínio, a essência da disciplina; a educação se transforma em recurso valioso apenas quando é iluminada pelo caráter. Se os jovens possuem a necessária sabedoria amadurecida para decidir qual o curso de ação que o governo deverá adotar com respeito às importantes questões nacionais de amplas conseqüências, o tipo dos indivíduos que devem dirigir as instituições educacionais e estabelecer programas, a maneira pela qual devem ser conduzidos os testes para determinar o valor e a diligência dos estudantes e a formulação de princípios para a determinação do progresso acadêmico, então não será necessário que freqüentem instituições educacionais para receber instrução, pois estarão desperdiçando tempo e energia.
Conseqüentemente, se os jovens, devido a excesso de confiança nos impulsos, se desviarem das normas de conduta estabelecidas, o governo terá de exercer sua autoridade e poder para trazê-los novamente à sensatez e sobriedade, sem ceder aos sentimentalismo tolo que hesita em coibir a liberdade caprichosa de indivíduos desencaminhados. É repugnante notar que os atos indecorosos da juventude são voluvelmente desculpados com superabundância de argumentos insípidos. Se as condições forem ideais, os padrões de conduta toleráveis merecerão apenas ligeira menção encomiástica. Somente quando as condições não são favoráveis e quando obstáculos sérios desencorajam o esforço sincero e tremendas desigualdades põe a prova a paciência, deve ser estabelecido um senso de disciplina para fixar a conduta.
Portanto, o jovem deve, necessariamente, com empenho deliberado, ser instruído em boas maneiras, conduta decente e atitudes corretas. Com toda a eficiência persuasiva da autoridade moderada, os jovens têm de ser levados a compreender a suserania da lei moral e a necessidade de obedecê-la. A instrução ética, organizada em linhas disiplinadas e conducentes à descoberta do Espírito, que é a Realidade final, deve se constituir na parte mais importante de toda a instrução, para que a educação se torne uma benção para a juventude.

(Reimpresso do Bhavan’s Journal de 16 de Julho de 1967)

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